Hell Yeah Music Union – A união do Rock e do Heavy Metal de dentro pra fora

Nós Rockers e Headbangers sempre fomos acostumados a fazer parte de um movimento cultural muitas vezes marginalizado pela sociedade e até mesmo pelo mercado fonográfico, nos colocando numa condição pouquíssimo privilegiada no que diz respeito a visibilidade e oportunidades, fazendo com que as pessoas que tem no Rock e no Heavy Metal suas fontes de sustento raramente possam alcançar uma condição digna de vida apenas com aquilo que escolheram fazer por amor e potencial.

Uma vez que esperar algum apoio de fora é uma tarefa quase inimaginável para a maioria dos artistas e bandas dessas vertentes musicais, fortalecer a cena musical internamente se faz fundamental, aumentando o engajamento entre artistas e público e entre os próprios artistas, valorizando de dentro para fora o movimento cultural no qual estamos inseridos e o gênero musical que tanto amamos.

Pensando nisso, a Hell Yeah, a partir desta primeira edição do Hell Yeah Music Union, irá convidar artistas das mais variadas vertentes do Rock e do Heavy Metal, sejam eles de bandas do nosso cast ou não, para conhecer e comentar o trabalho de outro colega de profissão. Neste primeiro ato, convidamos cinco artistas de bandas do elenco da Hell Yeah, mas a partir dos próximos expandiremos para fora, visando justamente romper bolhas e impactar o máximo de pessoas possível com o trabalho de seus semelhantes.

Esperamos que curtam e lembrem sempre de apoiar os artistas que vocês gostam e acompanham.

Yuri Schumann, guitarrista da Vulture, comenta “Gruesome But Silent“, do Tribal Scream

Créditos da Fotografia para Cesar Leonardo de Souza

A música “Gruesome But Silent” tem duas partes totalmente distintas. Ela começa totalmente Death Metal Old School, pesadíssima, bem marcada, gutural forte e bem presente, com uma baita interpretação, cadenciadona e com passagens bem marcantes. Depois dos 3 minutos ela dá uma guinada de 360 graus e vira um Thrash metal pesado, ríspido e muito rápido. O vocal do Vitor é muito rápido, meio Tom Araya do Slayer, com uma baita técnica, fica até difícil de acompanhar o que está sendo cantado, tem que ter a manha. A letra também é incrível, muito inteligente, falando de todo esse lance que tá acontecendo com o mundo, a pandemia e tal, e tem até uma referência pro Kafka ali que eu achei bem legal. Baita sonzeira! Recomendo o disco todo!

Vinnie Savastanno, baixista do Tribal Scream, comenta “Until The End“, da Die For a Reason

O riff da introdução é matador. Meu maior medo nas bandas de hoje em dia é o que se segue com a entrada dos outros instrumentos acabar matando o riff. Isso definitivamente não acontece aqui. A banda entra moendo, valorizando a guitarra e segue pra um “silêncio que precede o esporro”, antes de explodir no groove animal que esse refrão tem. Particularmente, como baixista eu adorei o espaço e a linha que o baixo tem nesse som. O vocal me levou direto para os anos 2000, e isso tá longe de ser algo ruim. É bom “pacralho” isso. Essa nostalgia aliada a uns timbres mais modernos. Batera bebendo de Korn, Static X, mas sem perder a agressividade que a música pede.

Paulo Victor Cortez, baixista Die For a Reason, comenta “Vazio“, de Hugo Rioli

Eu sou fanático pelo som do Hugo Rioli, já até mandei uma mensagem privada pra ele de tanto que “Vazio” me tocou. Três das músicas do Hugo estão no meu Top 5 mais tocadas de 2021 no Spotify. Essa música toca meus sentimentos de uma forma muito profunda e intensa. A letra e a harmonia da música são perfeitas. Vocês precisam ouvir o trabalho desse cara, garanto que não irão se arrepender.

Hugo Rioli, músico solo, comenta “Hell is Others“, da Fourkaos

Hell Is Others” foi uma viagem à minha fase mais extrema, do Arch Enemy ao Sadus! Thrash/Death Metal de primeira, com toques bastante modernos e timbres matadores! É um som de uma instiga brutal, daqueles que tem que precisa ser sentido ao vivo! O vocal é impecável, extremamente preenchido e compreensível. Um trampo de altíssima qualidade!

Johnny Glaydson, guitarrista e vocalista da Fourkaos, comenta “Retaliation” da Vulture

Ao escutar “Retaliation“, vejo que a banda Vulture tem uma fórmula que particularmente é fácil de me agradar: misturar agressividade com linhas melódicas sem abdicar do peso como resultado geral do som. Na música “Retaliation” enxergo essa fórmula, mesmo sendo uma música pesada do início ao fim, muitas partes como o verso e refrão trazem essa cadência na música que soam mais melódicos, principalmente nos riffs e métrica do vocal. Curti bastante a música, mostra uma banda brasileira representante do cenário underground de muita qualidade, com muita história e que merece total atenção.

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