Bruxa Fest contou com a participação das bandas PachorrA, Stone Wizards, Dirty Grills e Elephantüs
Quem mora em Florianópolis e ainda não foi a um evento promovido pela Bruxa Verde, das duas uma: ou não gosta de música pesada ou não tem saído muito de casa, pois o incansável Matheus Jacques não está pra brincadeira quando o assunto é o underground catarinense e, por que não, o nacional, visto que a produtora tem estendido cada vez mais seu alcance, especialmente agora com o Bruxa Fest, que celebrou os 5 anos da Bruxa Verde, passando por Brusque, Florianópolis, Curitiba, Ponta Grossa e São Paulo.
A edição de Floripa do Bruxa Fest, a segunda data dessa tour tão aguardada, aconteceu no dia 12 de Maio, na já clássica casa de shows e centro cultural, Haôma Baixo Centro, contando com as bandas PachorrA, Stone Wizards, Dirty Grills e Elephantüs, e a Hell Yeah teve a honra e o prazer de acompanhar e fazer a cobertura dessa grande celebração que compartilharemos com vocês aqui.
As escadarias que levam para o segundo piso do Haôma Baixo Centro são um convite para a imersão na cultura underground da cidade e no sentimento de pertencimento que acolhe todos ali presentes, e a banda de abertura faz juz ao ambiente e a proposta do evento.
A PachorrA, uma das bandas em maior evidência no cenário do HC do sul do país, sempre nos brinda com uma apresentação única. Esse é o quarto show da banda que tivemos a oportunidade de acompanhar e a experiência foi novamente surpreendente.
Pogo Fonseca, o vocalista mascarado da banda, com sua performance intimidadora, carismática e estonteante, circula entre os fãs e participa ativamente até mesmo das rodas de mosh, encarando cada um de seus espectadores como se a apresentação fosse exclusiva para cada pessoa presente, enquanto Marcelo Menna (Baixo e Vocais de Apoio), Marcelo Molinos (Guitarra) e Dudz Zoidz (Bateria) espancam seus instrumentos sem piedade, como se tentassem externalizar a mensagem de suas músicas através deles.
O repertório passa por todos os lançamentos da banda com destaque para a música “Ité”, um dos singles mais recentes da PachorrA, presente também no EP “Próximo do Fim!”, que já se tornou um hino da banda e é sempre uma das faixas mais celebradas nos shows.
Créditos Fotografia: Mosh Art
A sequência veio com a banda Stone Wizards, de Balneário Camboriú-SC, com seu Stoner Rock avassalador, com composições deslumbrantes, que tornam as músicas ao mesmo tempo pesadíssimas e contemplativas, fazendo com que muitas pessoas fossem agitar, e outras tantas viajassem nas linhas soturnas das canções.
A presença de palco da banda é um espetáculo a parte, com os músicos se entregando completamente às suas composições, contagiando o público que correspondeu à altura. Destaque para o peso e a beleza sombria de “Worship Your Soul”, lançamento mais recente da banda. A Stone Wizards conta em sua formação com Marlon De Almeida nos vocais e guitarra, Neto Almeida no baixo e vocais de apoio e Felipe Tamiello na bateria.
O duo, Elephantüs, pratica um som difícil de se definir, e isso é uma grande virtude no caso deles, pois seu Stoner/Doom Metal incorpora elementos absolutamente profundos e experimentais que vão desde a musicalidade brasileira até a sonoridade oriental, passando do forró ao metal extremo com absoluta naturalidade. Com apenas uma guitarra e uma bateria isso soa bastante improvável, mas se mostra absolutamente possível nas mãos dos talentosíssimos Marcelo Maus (Vocal e Guitarra) e Mamede (Bateria).
A cadência dos riffs leva todos os presentes a bater cabeça e mergulhar na música, muitos até de olhos fechados, apenas apreciando a massa sonora desnorteante.
A noite encerrou com a apresentação sempre empolgante e cativante de outro duo talentosíssimo, a Dirty Grills, formado por Jéssica Gonçalves (Vocal e Guitarra) e Mariel Maciel (Bateria) que se auto-descrevem de maneira perfeita: “Duas Mulheres, Rock e Desgracêra”.
Logo no início do show, Jéssica deixou claro que o estado etílico de ambas poderia interferir em sua performance, e isso de fato ocorreu, pois a apresentação ficou ainda mais avassaladora, divertida e espontânea, levando todos a dançar, cantar e se divertir muito com a banda.
Os nomes das músicas são um acontecimento a parte e eram celebrados sempre que anunciados, como em “Ao Menor Sinal de Autodepreciação Aperte o Botão de Pânico”, “Não Foi Uma Boa Noite Para Cinderela” e “Faz Teus Corre, Irmão”. Uma apresentação a altura do que a Bruxa Verde representa para todos nós e do que é o underground catarinense.
Créditos Fotografia: Daniel Mansur
Mais uma noite pra ficar na história da Bruxa Verde. Parabéns Matheus pelos 5 anos de corre (Oficialmente, sabemos que na prática vai muito além) e pelo evento incrível! Vida longa ao Bruxa Fest!
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