30 anos de “Land of the Free” do Gamma Ray: Conheça 5 bandas brasileiras influenciadas pelo disco

Conheça alguns detalhes sobre o clássico “Land of the Free” do Gamma Ray, além de cinco indicações de bandas brasileiras pra quem curte o disco

Há exatos 30 anos, no dia 29 de maio de 1995, o Gamma Ray lançava “Land of the Free”, seu quarto álbum de estúdio e o primeiro com Kai Hansen assumindo os vocais, após a saída de Ralf Scheepers. O álbum consolidou a banda como um dos nomes mais relevantes do Power Metal europeu, e apesar da comparação inevitável com “Walls Of Jericho” do Helloween, “Land of the Free” se apresenta de maneira ainda mais audaciosa, unindo a agressividade e a velocidade do Speed Metal, com a grandiosidade cativante e apoteótica do Power Metal.

O álbum tem produção dos próprios músicos da banda, Kai Hansen e Dirk Schlächter, com mixagem por Charlie Bauerfeind e masterização por Ralf Lindner. “Land of the Free” conta com a participação de Sascha Paeth nos teclados, Hansi Kürsch do Blind Guardian na faixa “Farewell”, além de backing vocals em outras duas músicas, e Michael Kiske do Helloween, nas faixas “Farewell” e “Time to Break Free”.

Três décadas depois, o impacto de “Land of the Free” ainda permanece atemporal e sua influência se estende mundo afora, inclusive no Brasil, onde diversas bandas herdaram e reinterpretaram a sua maneira a estética sonora proposta por Kai Hansen, Dirk Schlächter, Jan Rubach e Thomas Nack. Nesta matéria, selecionamos cinco discos nacionais diretamente influenciados por esse clássico absoluto do Power Metal.

Vale lembrar que, no dia 07 de julho de 2025, o fundador do Gamma Ray, Kai Hansen desembarca no Brasil para uma participação especial no show de Edu Falaschi com Orquestra Sinfônica em celebração ao icônico álbum “Temple of Shadows”, do Angra, onde Hansen participou da gravação original da faixa “The Temple of Hate”. A apresentação acontece em São Paulo-SP, no Tokio Marine Hall, e ainda conta com a participação de Roy Khan (Conception, ex-Kamelot) e a abertura das bandas Noturnall, Auro Control e Maestrick.

Ouça o álbum completo à seguir:

Dark Avenger – “Dark Avenger”

Apresentando uma sonoridade que transita entre o Heavy e o Power Metal, o clássico álbum autointitulado de estreia do Dark Avenger, banda do inesquecível vocalista Mario Linhares, é um legítimo herdeiro do espírito de “Land of the Free”, desde sua crueza visceral, até seus aspectos mais grandiosos, que resultam em composições inesquecíveis, poderosas e comoventes, exaltando sentimentos de superação, bravura e pertencimento.

Ainda que o Metal Europeu seja uma referência evidente, o Dark Avenger soube incorporar sua própria personalidade à sua obra, especialmente no que diz respeito a interpretação de Linhares, que conduz cada faixa como se narrasse uma epopeia pessoal, mergulhando o ouvinte em atmosferas densas e melodias arrebatadoras, sempre com um tom nobre e quase profético.

Wizards – “The Kingdom”

Lançado no início dos anos 2000, “The Kingdom” é, sem sombra de dúvidas, um dos marcos definitivos do Power Metal brasileiro. Suas raízes influenciadas pelo Power Metal europeu – especialmente na escola germânica capitaneada por nomes como Gamma Ray, com quem a banda inclusive já tocou — são inegáveis, mas aqui essas referências ganham nova vida sob um prisma identitariamente nacional.

O disco do Wizards traduz a reverência aos mestres do gênero em composições que exaltam a técnica sem abrir mão da emoção, resultando em uma obra coesa, madura, apaixonada e de grande força expressiva. Os destaques deste que é o quarto álbum da banda ficam para suas melodias exuberantes, sejam elas dos vocais ou dos arranjos instrumentais, os refrãos grandiosos e de uma construção lírica absolutamente sofisticada.

Stratosphere Project – “Dimensional Convergence”

Ao propor um projeto colaborativo com a participação de diversos músicos convidados, o Stratosphere Project amplia naturalmente sua paleta de influências. No entanto, como as composições são majoritariamente concebidas pelo guitarrista e fundador Flavio Brandão, suas referências pessoais se destacam de forma inequívoca, e entre elas, o Gamma Ray ocupa um lugar muito especial.

Toda aquela energia primitiva e o espírito contagiante do Power Metal dos anos 90 são gritantes em toda a obra da banda, mas é no álbum mais recente, “Dimensional Convergence”, que essa influência atinge seu ápice. Apesar da temática espacial remeter ao não menos clássico “Somewhere Out In Space”, é o espírito audacioso, épico e catártico de “Land of the Free” que se impõe como um fio condutor da obra, quase como um guia espiritual que molda a estética e o impulso criativo do álbum, onde o Stratosphere Project reafirma com orgulho seu lugar dentro do legado do Power Metal.

Trend Kill Ghosts – “Kill Your Ghosts”

Segundo os próprios integrantes da Trend Kill Ghosts, poucas influências soam de forma tão natural e emblemática quanto o Gamma Ray. Praticando um Power Metal encorpado e poderoso, a banda brasileira herda a velocidade avassaladora, a grandiosidade e o senso melódico refinado do Power Metal alemão e se apropria dele para criar sua própria perspectiva do gênero, expressa através de composições que ficam imediatamente gravadas na memória, caracterizadas por arranjos e melodias cativantes, refrãos arrebatadores e uma groove vigoroso, que torna sua obra imponente e cinematográfica, consolidando a Trend Kill Ghosts como um dos nomes mais promissores da nova geração do Power Metal brasileiro.

Tchandala – “Fear of Time”

Fundada apenas um ano após o lançamento de “Land of the Free”, a banda sergipana Tchandala não apenas bebeu diretamente da fonte do Power Metal dos anos 90, como também contribuiu ativamente para a consolidação do gênero no Brasil. Em seu segundo álbum de estúdio, “Fear of Time”, lançado oficialmente em 2012, o grupo demonstrou sensibilidade e maturidade ao compreender o movimento internacional do estilo, absorvendo suas principais influências e canalizando-as em composições com personalidade marcante.

Quase três décadas após sua fundação, a Tchandala segue amadurecendo sua própria identidade, não se permitindo parar de evoluir e tornar sua obra cada vez mais interessante e contemporânea, ainda que sempre mantendo um olhar de respeito para suas raízes noventistas.

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