Ingridi Verardo é uma musicista brasileira da cidade de Veranópolis-RS, que começou muito cedo a se relacionar com a música através da influência da paixão de sua mãe pelo Heavy Metal e pela cultura gótica, de seu padrinho que tocava com uma banda no seu porão, onde também seu avô, músico por mais de 50 anos, consertava e criava instrumentos musicais.

Sua primeira experiência na música como cantora foi aos 10 anos, após um longo período como dançarina de dança do ventre, foi em uma banda cover formada apenas por meninas, que chegou a se apresentar ao vivo em um evento organizado e executado por elas mesmas.

Sua adolescência e início da fase adulta foram marcados por frustrações com a música, o que a afastou temporariamente do seu sonho, levando-a a trabalhar como figurante no filme “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello, e, em um período onde esteve morando na Irlanda, Holanda e Itália em busca de novas oportunidades e experiências, também atuou como figurante da célebre série de televisão, “Penny Dreadful”, dos filmes “Cardboard Gangsters” e “Mary Shelley” e da novela “Fair City”.

Na volta ao Brasil, enfrentou uma grave condição de saúde, que a levou para um pesado tratamento de mais de um ano, passando por quimioterapia e lento processo de recuperação. Foi aí que surgiram suas primeiras canções, inclusive uma das faixas de seu vindouro álbum de estreia. “28 Days” foi escrita após um período para Ingridi onde continuar vivendo era uma completa incerteza, mas também um momento de se reconectar consigo mesma e entender que a música era aquilo que queria levar para a vida.

Mesmo ainda em um complexo processo de recuperação, Ingridi largou sua faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e começou a cursar Música, se apresentando em três papéis do clássico musical “Os Miseráveis” apenas uma semana após sua última sessão de quimioterapia.

Inúmeros papéis em musicais se seguiram além de artigos e teses importantíssimos para a representatividade da mulher na música e no Heavy Metal, como: “Representações do Feminino na Cultura de Imigração Italiana”, “Processos de aprendizagem das mulheres do Rock/Metal” e “Narrativas das mulheres no metal: Um estudo sobre os processos de discriminação na cena”.

Suas composições ganharam força, funcionando como uma espécie de legado de sua luta, e hoje, já recuperada do período mais difícil de sua vida, Ingridi transformou sua história em canções, formou uma banda e com ela vem se apresentando em eventos e festivais, tendo registrado e lançado três das músicas daquele que será seu primeiro álbum de estúdio, a ser lançado em breve.