BRAIA

O Braia nasceu no ano de 2006 quando o músico, produtor musical e multi instrumentista mineiro, Bruno Maia, resolveu tocar um projeto paralelo a sua banda principal, o Tuatha de Danann. Com o Tuatha, Bruno já havia explorado muitas possibilidades musicais dentro do Rock e Heavy Metal, mesclando-o com outra de suas maiores inspirações artísticas: a música celta. Com a nova banda, batizada Braia, o músico sondou outras influências na música brasileira, no clube da esquina e no rock progressivo, além de aprofundar ainda mais na seara musical celta, principalmente a de origem irlandesa.

 

O primeiro disco, chamado “Braia… e o mundo de lá”, foi lançado em 2007 com sua musicalidade única que propunha um diálogo profundo entre o antigo e contemporâneo, o choro brasileiro e a reel irlandesa, a gaita de fole e o rock progressivo, fadas celtas e o sertão mineiro. Depois de alguns anos de hiato, o Braia retomou suas atividades e lançou seu segundo álbum, “Braia… e o mundo de cá”, desta vez, uma experiência instrumental em que o artista diz explorar mais a fundo a riqueza dos ritmos brasileiros sem deixar a irlandesidade – marca indelével de sua identidade artística – de lado. Os temas do álbum referenciam aspectos e fatos da memória e da história brasileira, principalmente do imaginário cultural mineiro, como a Guerra dos Emboabas, a Corrida do Ouro, entre outros. Ao seu lado nesta jornada estão os músicos Fabrício Altino (bateria), Anderson Silvério (contrabaixo), Alex Navar (gaita de fole irlandesa) e Rafael Castro (teclados), além de convidados violinistas como Nathan Viana, Daiana Mazza e Kane O’Rourke.

A Formação

Bruno Maia

Multi-instrumentista - @brunotuatha

Discografia

Braia e o Mundo de Cá

2021

“Braia… e o mundo de cá”

Este álbum teve seu embrião assim que Bruno Maia montou o Braia Studios, entre 2013 e 2014, em parceria com Fabrício Altino nas gravações e produções. Sempre inquieto em seus processos criativos e sabendo que Fabrício era um grande baterista, Bruno um dia pediu pra ele lhe sugerir uns ritmos e acompanhamentos percussivos para uma ideia que teve, algo bem brasileiro, mas que tocava no banjo com ornamentos da música irlandesa.

O resultado ficou incrível e os músicos passaram a trabalhar com outras ideias, ritmos e coisas que surgiam na cabeça entre uma produção e outra. Isso já era 2015. Nessa mesma época, o Braia Studios já estava produzindo alguns artistas de sua região e um dos músicos que utilizava o estúdio era o Anderson Silvério, baixista. Tudo que ele fazia impressionava Bruno, sua fluidez por diversos estilos e linguagens, sua camaradagem, e principalmente sua disposição, motivando o convite para fazer um som mais abrasileirado, instrumental, e que teria o nome de Tupi na Gael, já que não tiraria um dos pés da velha Irlanda que sempre foi um dos motes inspiradores da obra de Bruno Maia.

Pela questão irlandesa, Alex Navar, do Braia, Kernunna e Tuatha de Danann, foi convidado para fazer a gaita de fole e deixar aquele sotaque celta mais evidente na música e, como o Rafael, também da velha guarda do Braia e do Tuatha, estava pelo Brasil e adora esses lances instrumentais, também foi convidado, o resultado final teve baião, teve samba, ijexá, uns arrancados de viola caipira, muita mineiridade bucólica em alguns acordes típicos do Clube da Esquina. Enfim, tem muito do Brasil, do mundo de cá, mas sem desprender do fantasma céltico irlandês do mundo de lá.

Porém, com outras prioridades em vista, esse projeto acabou ficando um tempo de lado e os músicos tiveram de focar em suas atividades mais imediatas e tangíveis, até que veio a pandemia que desestruturou o mundo todo e minou quase todas as atividades do meio artístico. Graças ao apoio de muitas pessoas que acreditaram e incentivaram este trabalho diretamente e depois ao aporte recebido da Lei Aldir Blanc, de Minas Gerais, o Braia conseguiu os recursos para finalizar o álbum de forma digna e com a maior qualidade que se poderia imaginar. Vale ressaltar a participação de grandes nomes da velha guarda do Braia e mesmo do Tuatha como Edgard Brito e Giovani Gomes, o Nathan Viana também do Tuatha, a Daiana Mazza que foi do Braia, o guitarrista Kiko Shred, além do músico irlandês Kane O’Rourke e do grande Felipe Andreoli, baixista do Angra.

Foi aí que Bruno Maia viu que este era um disco do Braia, porém, um Braia despalavrado, uma outra faceta da musicalidade deste projeto lançado em 2007, já que mantinha aquela mesma ideia de fundir a música celta e a música brasileira ao rock progressivo. Se o primeiro álbum tinha em suas letras referências a W.B. Yeats, James Joyce e motes do imaginário feérico celta, neste segundo trabalho os temas aludem a fatos, motes e figuras históricas e simbólicas do imaginário cultural brasileiro e principalmente mineiro, numa verdadeira ode à música brasileira e à música celta.

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2021

“Braia… e o mundo de lá”

O primeiro disco do projeto de Bruno Maia, chamado “Braia… e o mundo de lá”, foi gravado no Brasil, Irlanda e na Bretanha francesa e apresentou uma música cantada em português, majoritariamente por vocais femininos e repleta de passagens instrumentais. Flautas, violinos, bouzoukis e gaitas de fole fundiam-se a guitarras, moogs, baterias criando uma música única que propunha um diálogo entre o antigo e contemporâneo, o choro brasileiro e a reel irlandesa, a gaita de fole e o rock progressivo, fadas celtas e o sertão mineiro. Entre as canções havia homenagens a James Joyce, W.B Yeats, Nietzsche e o título do disco aludia a um conto de Guimarães Rosa, evidenciando o caráter intertextual e literário do disco.

O álbum ainda contou com a participação especial do compositor e multi-instrumentista Marcus Viana e foi lançado no Brasil e na França. Ao lançamento seguiu-se uma turnê que gerou o DVD “Braia…ao vivo”, lançado em 2010.